quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

- Nu

Compreensão exata.
Pare de olhar pela fechadura, não há nada o que ver.
Não fume, mas..., mais.
Não beba, não se embreague.
Não se drogue, não ame.
Não ouça roque, não cante Joni.
Faça suas tarefas escolares, não sorria.
Não minta, não cumpra.
Não faça, não faça.
Mantenha-se longe do fogo, queime-se na absoluta certeza de nada.
Não quase-morra, não pense.
Não pense, não crie.
Não fuja, não fique.
Não mate, não nasça.
Não seja ruim.
Não seja bom, bem, seja mal.
Não escreva, não.
Não diga não.
Não.
Não.
Não seja louco.
Seja funcional, seja assim.
Seja isso, seja assado, seja aquilo outro, aquilo mais.
Seja fraco e obediente.
Pegue o controle da TV, mas aumente, não mude.
Cale-se e siga.
Siga.
Não desvie o caminho.
Desvie dos caminhos errados.
Ande, mas não muito.
Pare mas nem sempre.
Não grite, não pule.
Não pule.
Não beije.
Não transe, não transe.
Não acredite.
Porra, acredite.
Não abra os olhos. Pronto, pode abrir.
Não acenda a luz, não apague.
Idiota, não mije aí.
Ei mije aqui.
Não pode, não pode.
Coloque roupas.
Tire a roupa agora.
Não pode!
Não pode?
Não pode.
Marionetando as nossas vidas
Controle - não - remoto.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

- Em 1ª pessoa.

Vestidos com as roupas de Deus
Desprovidos da indecência (sub) humana
Desenhando com a ponta dos dedos
as curvas não-perigosas do desejo.
Ora cola, ora fala, ora cala...
é assim.
Olhos, bocas e beijos
Bocas, olhos e abraços
Boca-olhos-beijos-abraços.
Amor individual, reproduzir amor sozinho é assim.
Amor em 1ª pessoa.