segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

- balelas sobre os começos.

Anos com números pares costumam ser sempre mais difíceis. Eu sempre achei que isso fosse uma indicação do zodíaco, uma coisa meio cabalística ou talvez a maneira como eu tento justificar a minha falta de energia nos meios e fins das coisas. Eu gosto mesmo é de começar. A intenção é sempre criar uma expectativa mais complicada que a do ano anterior pra depois usar isso para explicar por que não deu certo. O fato é que este ano quase novo, de fato, não traz nada aparentemente surpreendente, não a primeira vista. Nada que me faça romper, sair, mudar, rir, chorar e tals...é só um ano, e talvez ele nem tenha que começar no dia 1 de algum calendário romano, grego judaico, chines ou microcósmico. Ele começa quando começa. Eu talvez não tenha terminado algum ano no meio do caminho. Quando olho pra essas coisas quase não da pra vê-las se modificando. E o tédio, ah, o tédio é uma constante. Eu não gosto dessa cidade, e não sei se gosto de alguma verdadeiramente, na realidade eu gosto de estar na transição entre uma e outra, gosto de sair e voltar, pra gozar na saída e brochar na chegada...num ciclo que me traz entusiasmo e a certeza de que meu lugar é, mas não é, aqui. Talvez esse novo ano ímpar possa ser mais, e eu sempre espero que seja. Eu espero que as coisas se mexam, e me levem junto, me carreguem...mas daí lembro que, eu sou a coisa, sendo eu a coisa eu é que tenho que fazer a mala e botar nela o movimento que não me deixa parar.