sábado, 11 de fevereiro de 2012

- 29 de dezembro de dois mil e nove

- Cerveja Gelada.
Só pra constar, eu ainda fumo no banheiro social.
E estou farta de poemas rimados, cansados,ocos, típicos de quem não tem o que dizer.
Além disso, estou cansada de ter de usar pontos e virgulas pra separar o inseparável.
Olha, sinceramente, eu estou é cheia, de ter de escutar pessoas falando coisas que não querem dizer, e só dizem para mostrar um lado patético do que eles temem, do que eles odeiam, e querem ser.
Pode até ser dadaísta, anti-arte, até mesmo militarista, mas eu odeio mesmo o Chico Buarque.
Acredito nas coisas que fazem sentido ser ser, sem fazer. Acredito nos poemas desconjuntados, nas palavras de amor grotescas, no ritmo mais "aritmado", eu acredito é na pureza do cínico, nas conversas de boteco, e que todas as cervejas, são, de fato iguais.
Eu quero sim, é um dia ter de fumar o cigarro mais barato, e talvez ter problemas de saúde. Mas e aí, quem pode mandar em mim, além de mim?
Eu quero é que se danem os undergrounds, os parasitas das vanguardas que não existem, eu quero é que se desiludam os que acham que são os primeiros ou os últimos a dizer, ouvir, ver ou ser alguma coisa. Eu quero é que as métricas, os sonetos, e as poesias ultraromânticas, vão pro inferno, porque elas não dizem nada, nada do que todo mundo já não saiba. Nada que uma boa noite de amor (ou sexo), não diga.
Eu quero é que Jack Kerouac enfie na sua magnitude intelectual - beat generation, toda a sua ignorância, porque o que ele diz, eu vejo todo dia, aqui na favela onde eu moro. É Sério, vejo todo dia, adolescentes bêbados, experiências sexuais, contrações filosóficas...
E, eu quero também, que as pessoas vejam, vejam. Vejam que nem tudo precisa ter um sentido lógico, que nem tudo precisa agregar algo ao seu conhecimento. Que as pessoas entendam o valor de escutar uma música, e ela não ter nada a te ensinar, que ela apenas te faça sorrir, por que ela só existe pra te fazer sorrir. Que esse bando de gente chata, que nunca escutou uma boa música ruim pra se divertir, entenda que a vida é "ilógica", e as coisas podem ser alheias, e babacas, e não há problema algum nisso, porque todo mundo foi e é alheio, e consequentemente, babaca.
Eu estou dizendo tudo isso, porque, as pessoas só falam disso. Vegetarianismo, teatro alternativo, música alternativa, Chico Buarque,Cinema Brasileiro, Beat Generation, Stones...É uma baita falta de criatividade, todo mundo se julgando diferente dizendo coisas iguais, que, talvez elas nem gostem. Eu digo isso, porque se você vai a um boteco, dar risada e jogar conversa fora, você tem que aguentar as pessoas discutindo coisas, que outras pessoas são pagas para discutir.
Meu deus, vamos ser mais verdadeiros, mais felizes, mais bobos, mais humanos. Vamos ser "a gente", vamos mostrar que a nossa revolução é a verdade, a verdade individual.
Eu acho, de verdade, que disse essas coisas, porque queria muito ter saído de casa hoje, e ido conversar com as pessoas sobre coisas idiotas e beber uma cerveja gelada, daí, é lógico, ninguém estaria disponível, hoje é segunda. E daí, é que eu tô aqui, em frente ao computador, tomando uma cerveja gelada. E trocando uma idéia com ele.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

- novela.

vendo de fora a bagunça que ficou.
nem acredito que sai disso ainda com meus sapatos e meus cabelos arrumados. não morri.
o que foi, não tenho nada pra dizer. Eu disse, eu falei que não ia dar certo, não deu ou deu. sei lá, quanto tempo tem que durar as coisas pra dizer que elas deram certo?
certo é o tempo do cigarro, certo sou eu e você em algum momento no metro quadrado, certo é a brisa que uivava nos encanamentos. certo é pensar certo. certo é saber que eu poderia estar errada, e estive, mas sou certa, sempre erroneamente certa. certo é sentar e chorar, do imediatismo, da vida de bolso e provisória.
senta lá, e vê só que engraçado, eu ainda nem tenho uma escova de dentes que não caiba na minha necessaire.