sexta-feira, 2 de março de 2012

- O som dos cubos de gelo - em 6 de agosto de dois mil e nove.

É um som melancólico, aveludado, triste. Delineando as próximas reações. Colocando as palavras na boca de quem ainda pensa em não pronunciá-las.
O seu silêncio comedido, vai me fazendo gritar por dentro, acaba por me ensurdecer.
Vamos esperar nossa próxima parada, vamos aguardar onde seremos jogados pra fora um do outro. Qual será a próxima regra quebrada por infratores insanos, por mendigos de um amor de migalhas?
Temos recolhido os farelos que caem dos nossos corações cansados. E vivendo de restos, vivendo de meados, meros, apenas, só.
O veludo da música, é Etta eu acho, vem trazendo as memórias inventadas por nós, nossas vaidades de areia, nosso universo de vidros sem nenhuma transparência.
Que dia difícil tivemos hoje, e tudo que eu desejo agora é ter inspiração, pra que o meu silêncio faça algum sentido