quarta-feira, 13 de julho de 2016

Levante suas mãos sedentas e..

A gente tá tentando manter a sanidade, a saúde dos cabelos, a compostura. A gente tenta, se esforça, se faz de otimista, de feliz, de desencanada, de politizada, de desinibida. Mas dentre tantos foras e voltas, é assim que a gente fica (?)

terça-feira, 5 de julho de 2016

sobre aprender a tocar um violão (ou não).

Depois de tanto tempo, eu ainda me choro com as suas piadas. E no fundo, eu sempre soube, que essa história, a nossa, ia ser sempre uma promessa. Depois de tanto tempo, eu ainda penso no quanto que se perdeu de cada um de nós, no abismo dos dias, meses, anos. Talvez fôssemos outros nós. E talvez nada de nós sobrasse no fim das contas. Quando lembro disso, quase acredito que tudo o que passou foi só, foi pouco. Será que o mundo seria generoso conosco? Ou no fundo, ele o foi? Acho que o parâmetro estava errado, sempre esperamos muito sobre o presente, mais ainda sobre o futuro. Esse não é um texto para lamentar, nem pra comemorar. Na verdade esse não é um texto pra coisa alguma. É só aquela velha vontade de mais café e menos nostalgia.
Eu me lembro de quando tudo mudou de cor, eu achei que as coisas seriam grandes, grandes mesmo. Eu apostei tudo numa pessoa que eu achei que chegaria a ser. E não fui. E, talvez, hoje, eu nem quisesse mais ser essa pessoa que eu queria ser antes. Pois bem, o futuro chegou, e nele, eu não consegui ainda colocar um outro eu. O futuro chegou, mas eu ainda procuro o quê era mesmo que eu queria (?). O futuro chegou, eu ainda fumo cigarros baratos, subo a colina, enfrento as entediantes pessoas geladas. Ele chegou, e eu ainda luto pra encerrar o ciclo daquelas novidades de outrora. Tudo mudou não é mesmo? Será que sobrou algo de nós dentro de nós? Será que de algum jeito, não sou só eu que reproduzo os trejeitos do passado (?) Será que aquelas músicas ainda são ouvidas com a mesma intensidade...eu não sei onde foi, mas lembro de quando as coisas mudaram de cor.
Eu luto pra defender uma versão de mim, que eu nem sei se merece defesa. Eu quero muito encerrar o ciclo, preciso mudar o caráter dos problemas, porque do jeito que eles estão hoje, ainda existe você neles. Existem ainda as velhas, e já amareladas pelo tempo, promessas. Talvez eu seja um alguém sempre insatisfeito. Eu lembro de quando as coisas mudaram de cor. Eu era a parte que sempre fugia, a parte que sempre quer o futuro. É isso mesmo que aconteceu. Quando é que vamos ter certeza de que fizemos tudo o que podíamos? Quando é que vamos saber se era esse o nosso último cigarro? Eu lembro disso. Talvez eu realmente precise de novos problemas. Eu preciso produzir, eu preciso me sentir satisfeita, eu preciso parar de fumar cigarros baratos, eu preciso mudar de trajeto, eu preciso rir de novas piadas, eu preciso criar outros parâmetros para o amor, para a dor, para a dança, para a música...eu preciso saber urgentemente por quê a grama nunca é tão verde.