domingo, 30 de junho de 2013

- fome de nada.

Caminhando nas ruas frias de São Paulo, olhando atentamente as vielas, os cantos, os buracos, percebi que eu ainda não encontrei nada aqui que me faça desistir. Nada que me impeça de ir trabalhar, nada mais. Eu olhei pra tudo olhei pra mim, olhei pra você, olhei pra nós. Retomei anseios, retomei à mim. Não sei o que fazer com isso, não sei o que fazer quando estou na minha presença, há algo que se possa fazer? Os famintos, como eu, recusam-se a esperar, esperar por alguma coisa, recusam-se a culpar a si mesmos por não caminharem. Eu estou faminta, e nada que tenha preço pode sanar minha fome.