sexta-feira, 8 de maio de 2009

- Nota 1.

Divagações. Entre todos os ponteiros desse relógio
existe algo que pulsa, que adverte, que pune.
As horas fazem da vida, uma contínua régua, tudo se "milimitra"
nada é eterno, o tempo não é limite, o limite vai além disso.
Dentre todas as promessas que deixei de fazer à mim, uma delas me chama atenção:
Não poupar o tempo, gastá-lo por inteiro, consumí-lo em sumo;
mesmo que por 5 minutos, segure entre meus dedos, o inseparável ardor de um capricho. Eu posso sentir seu cheiro, esvaindo pela fumaça cinza, que tanto combina com meu humor demodê, quase blasè.
Ouça, eu posso ser meio entediada ou entediante, mas ainda tenho o ímã, que prende, qualquer coisa oposta.
Escuta, eu posso partir a cara, posso cair mil vezes, mas os amores eternos da minha vida, serão sempre eternos, perpétuos, fadados a serem lembrados como unânimes, e serão fadados a lembrarem do meu ego, como imagem de uma mancha cinza, que sumiu, como a fumaça do cigarro que desentope meus sentidos.
Ouça, eu acredito nas horas, mas não confio nelas. Acredito nos dias, mas não confio neles. Acredito nos anos, mas não a eles deposito minha confiança. Eles traem meu rosto, traem minha mente, traem minha cabeça que ainda está parada em algum lugar durante o percurso.
Ouça, eu travei aqui, uma batalha interminável, entre eu, o tempo e o tempo.
Escuta, eu não preciso ganhar...
entenda, eu só não quero perder.

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