quinta-feira, 6 de agosto de 2009

- O som dos cubos de gelo.

É um som melancólico, aveludado, triste. Delineando as próximas reações. Colocando as palavras na boca de quem ainda pensa em não pronunciá-las.
O seu silêncio comedido, vai me fazendo gritar por dentro, acaba por me ensurdecer.
Vamos esperar nossa próxima parada, vamos aguardar onde seremos jogados pra fora um do outro. Qual será a próxima regra quebrada por infratores insanos, por mendigos de um amor de migalhas?
Temos recolhido os farelos que caem dos nossos corações cansados. E vivendo de restos, vivendo de meados, meros, apenas, só.
O veludo da música, é Etta eu acho, vem trazendo as memórias inventadas por nós, nossas vaidades de areia, nosso universo de vidros sem nenhuma transparência.
Que dia difícil tivemos hoje, e tudo que eu desejo agora é ter inspiração, pra que o meu silêncio faça algum sentido.

8 comentários:

Marcelo Mayer disse...

tem som de jazz

Canto da Boca disse...

Permita-me dizer: lindo!

Assim mesmo nostálgico, dorido, cansado, tenso, mas tem a Etta e a próxima estação...

;)

Luden disse...

o silêncio sempre me pareceu fazer muito mais sentido que qualquer discurso.

Anônimo disse...

A coroação máxima dos teus textos, céus! Lirismo puro em explorar o insólito do som. Afinal de contas, um silêncio vale mais do que mil palavras...
De onde vem tanta inspiração (a mesma que você se indaga!)?

Beijos,
grato pelo comentário no meu blog
e até o próximo post!

- Leandro Merlllin
Olhar de Sal de Jack
http://olhardesaldejack.blogspot.com

Ju B. disse...

Adorei.
Os que falam menos que a maioria geralmente são os mais interessantes. E quem mais queremos ouvir o que têm a dizer.
O mistério atormenta e embeleza a vida...

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Leandrô/Lemão! disse...

Eh bonito, mas bem triste tambem. Uma pequena demonstracao do fim do amor.

Unknown disse...

não é o fim.