domingo, 17 de abril de 2011

- queimando.

sentei na calçada, vi os carros passarem..
sabe quando bate aquela pressa, uma pressa preguiçosa, mas angustiante, uma pressa tão safada, sei lá, senti que tinha que correr e fazer alguma coisa...
não era o arroz queimando na panela..
algo queimava e eu nem sei o que.

2 comentários:

João disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João disse...

Uma pressa boa, hoje em dia, é raro, ao mesmo tempo em que pode significar muita coisa. Me fez pensar numa pressa especial: como se tivéssemos descoberto repentinamente aquilo que realmente importa na vida. E mais, como se isto, além de repentino, tivesse se revelado plenamente realizável; e mais ainda: como se esta pressa interior, sem explicação, pudesse, então, ser preservada sempre, como um vigor que nunca deve morrer.

Por um lado ele decai, por outro, quando surge, nos faz ver que isto que realmente importa consiste em manifestações mínimas de prazer em conviver mansamente com o mundo. Como se pudéssemos salvar a humanidade com um gesto de consideração. E por que não dizermos que, nesse momento, salvamos ao menos a nós mesmos? Uma pressa que faz caminhar lentamente. Enfim...