sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

- vinte e sete.

Não há renovação, nem renascimento.
Hoje, dentro de mim, há uma saudade
uma saudade do que eu queria ser
uma saudade de um amor, um amor que me nutria.
hoje em mim, há a presença, a presença de um lugar vazio, que vai sempre estar vazio
não importa o que eu peça a deus. Não importa o que eu deixe de pedir.
Não importam meus erros, nem meus acertos.
hoje, resta em mim, a cadeira vazia na cabeceira da mesa
hoje, resta o violão encostado na parede, sem movimento.
hoje, o toca fitas, não roda mais sons da viola caipira
hoje, a coxa do frango vai ficar lá, e a cerveja vai sobrar
hoje, o lado cheio da cama, fica vazio
hoje, o chinelo de tiras azuis, vai ficar parado no canto da sala
e o abraço protetor, não existe mais.
agora, é cada um por si, e deus, oras, deus por nenhum
hoje, o que sobrou pra mim, foi a falta.
a falta do que era "nós", a falta de mim.