domingo, 21 de março de 2010

Meta fora.

Hoje, ouvi alguém dizer que estava tramando contra o tempo.
É só uma frase, um efeito. O tempo me pegou na esquina. Mal sabia eu, o que me esperava na curva. O tempo me deu a chance de concretizar planos, e reiniciar outros, falir alguns.
O tempo tem me dado presentes incríveis, me trouxe num vento de março a sorte, e eu, que quase nunca acreditava na sorte, percebi que ela é como deus, ou talvez seja o próprio.
O tempo, a sorte, deus...essas coisas me fazem lembrar de quando eu ainda pensava no futuro como uma coisa tão longe, tão sólida.
Hoje também, ouvi outra frase, e faz todo sentido, achar que, tudo o que é sólido, pode derreter. E pode.
Vi tanta coisa derrter nesse vento de março, tanta coisa se esvair do meu cigarro. Esquece, agora é só a maturidade, só ela pode trazer de volta o que o vento levou, o que o cigarro queimou.
Eu detesto mesmo jogar um cigarro quase inteiro quando vem o ônibus, mas isso sempre, sempre acontece comigo. Às vezes eu jogo o cigarro, as vezes eu jogo a sorte. Mas não sei, será que tenho escolhido certo? O que vale mais, o cigarro inteiro, ou a pressa de chegar?

2 comentários:

Henrique disse...

Não vejo dessa forma, se acha que pode derreter, está jogando com a sorte e isso eu não aceito, coloca pra fora o que sente, não tenha medo, isso está me deixando com medo,e eu to meio de gaiato né...


pensa bem, só não pensa de mais e esquecça que te amo.

Inês disse...

Ai, milenar inquietação!
O tempo.