segunda-feira, 15 de março de 2010

- No sofá, no mim.

Sempre foi assim. Quase gêmeos. Quase um.
desde sempre, quase nunca.
mas, a gente sabia que, uma hora ou outra a separação era evidente, digo, a separação de corpos.
os caminhos se cruzam, mas não são paralelos. Se cruzam, mas não nos cruzam.
eu só penso nessa dor, do cigarro não dividido, do beijo não dado, do encosto não encostado, da revolta não compartilhada.
devia ter fumado mais, beijado mais, encostado mais, revoltado mais.
sem isso, o que vai ser? Sem nossos imãs, como vai ser?
sem seu afago, como vai ser?
sabe, detesto a solidão, detesto o silêncio, detesto estar longe, estar apenas comigo, por que eu sou tão cruel comigo, tão cruel.
como vai ser, querido, como vai ser?
Você lá, com a pop art e eu cá com minha fixação.
não fique longe, não se deixe longe, pode ir, mas se deixe aqui comigo, por que parece besteira, mas tão pouco tempo, é tão muito tempo.
não esqueça, antes de ir, te deixe no sofá.

4 comentários:

Marcelo Mayer disse...

pinte os braços do sofá

Nathie. disse...

Fui tentar registrar esse domínio e vi que já tinha, mas foi bom saber que ele tá bem usado! =]

Henrique disse...

Parece que agora enxergo melhor a amizade e a ligação das nossas energias, um vazio enorme toma conta.

O conforto é saber que minha pop art e a sua fixação vão nos levar a um futuro que sempre desejamos.

Sinceros eu te amo, sincera amizade

Amanda de Santana disse...

Puxa, que finalização! Adorei demais!





Você, sempre enchendo meus olhos, Maitê...

Quanto tempo, né?