domingo, 27 de janeiro de 2008

- Utopia (aquele marasmo perfeito).

- Eu vi na TV aquele comercial cheio de vida, falava sobre a margarina; e todas aquelas pessoas na mesa tomando o Café da manhã, e aparentemente felizes por inteiro. E eu pensei comigo - Se a vida fosse feito comerciais de margarina, bom ar, plano de saúde...; as coisas seriam bem menos relativas, presumo.

O mundo anda tão superlotado de teorias e dizeres alheios, e é como se fossem todos anônimos numa ânsia de buscar algo indefinido, falando coisas desconexas, buscando coisas imaginárias, desejando um mundo perfeito aos familiares nos dias festivos.

Eu vos digo em verdade, as coisas devem ser assim.

O que seria se não fossem as hipocrisias festivas, as reuniões casuais planejadas, os “perus” de Natal, e até mesmo as roupas brancas do Ano Novo? A graça estaria perdida por aí, e tudo isso faria tanto sentido que chegaríamos a uma verdadeira Utopia. Não, não é isso que queremos para nossos filhos, desejamos no nosso íntimo, que os pequenos gênios gerados por nós, tenham um dia tão imprevisível quanto o nosso, e que algum dia eles queiram que o dia tenha 25 horas; porque nós sabemos que sem isso, o marasmo toma por completo a vida. Ninguém quer ser Feliz inteiramente; isso é demagogia. Pensamento imposto pela sociedade, a felicidade é medíocre demais para ser contínua, quando tudo está perfeito não estamos felizes, e colocamos sempre uma desculpa nada óbvia para justificar nosso descontentamento.

Aquele comercial era uma Utopia... ria, o café está servido.

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