sábado, 14 de junho de 2008

- Frases de banheiro, músicas ambientes e bebidas quase alcoólicas.

Eu ri de mim, quando pensei estar gostando de bebidas não alcoólicas. Sim, esse é bem pessoal. Voltamos a era sentimental, esquecemos os problemas mundiais, egocentrismo, que são bem maiores do que meus conflitos intenos!
Num repente, senti mesmo a necessidade de ressaltar todo ardor que vejo nas ruas todos os dias, que incidem de maneira tão profunda e direta no meu íntimo. Tanta beleza escondida por detrás dos muros, e até uma folha de papel branco sendo levada pela brisa leve, se torna uma cena digna de registros. Os efeitos do inverno sobre os vegetais, tornando-os tristes e "preto-e-branco", me deixam leve, como num filme dos anos 30. Os sorrisos perdidos das crianças que, agora entendo, provém de um amor absolutamente verdadeiro - Eles não sabem o que é dinheiro, isso os torna sinceros com seus gestos, o sorriso desprovido de qualquer interesse (sim , agora entendo). As folhas secas caídas pelos corredores de concreto, mostram que até entre o morto, existe a interferência humana em seu processo (que processo?), não sei...é a diferença que chama atenção. A fumaça que sai da boca, se perdendo por aí, levando consigo algumas mágoas, ou talvez alegrias. Os olhares ao mais bem vestido, e os trejeitos dos esquisitos, as poses dos "Narcisos", que mesmo sozinhos, desfrutam de sua beleza. A pressa Paulistana, a calma dos adolescentes, enquanto flertam a caminho de casa. O beijo apaixonado dos casais encostados nas paredes, por todos os cantos (eles não enxergam o mundo, isso explica a frase "o amor é cego"). O olhar triste daquele que tem como casa, a Av Alguma Coisa. O olhar misterioso dos grandes pequenos seres, que mesmo sob a condição, conseguem rir das paródias "televisivas", o time que perdeu, o cara que ganhou. O vento que vai levando as esperanças; a chuva que vai limpando a alma; o medo que vai motivando a conquista; a força que vai derrubando obstáculos; o riso que vai abrindo portas; o choro que vai limpando o coração; o beijo que vai enchendo de inocência um mundo tão profano; a crinça que vai provando que existe amor absoluto; o eros que prova que há amor verdadeiro; o sofrimento que dá a oportunidade de redenção; os sentidos que permitem que cada um veja o mundo de um jeito, assim a perfeição se encontra nos olhos de quem vê e não no objeto visto; os sentimentos que fazem da vida um bolo de chocolate com recheio e cobertura; o Deus que faz com que as pessoas se confortem; o mal que faz com que as pessoas possam exercer o livre arbítrio; o bem que dá a oportunidade de mostrar que nem todo mal é de todo mal; o ódio que dá a oportunidade de reconhecermos que amamos algum dia e a morte que concede o decanso merecido por tanta coisa vivida; fazem da nossa vida, um conjunto de pequenas coisas de grande importância, que ao fecharmos os olhos por um segundo, perdemos um filme fantástico que passa diante de nossos olhos, fazendo-os brilhar, latejar e ofuscar toda luz artificial que exista...
Aí, pegamos nossas coisas postas na mesa quando chegamos, pagamos as cervejas e a porção de batatas fritas, vamos ao banheiro e voltamos felizes pra casa, por conversar sobre a vida.

2 comentários:

Unknown disse...

Sem dúvida o melhor texto, e mais verdadeiro.

Perdemos o filme da vida, para vivermos a ficção desejada.


Beiju.


Te amo!

Unknown disse...

Podes crer...

Minha linda dos olhos vermelhos

Um dia seremos presos!

hauahuahauhau

bju ti amo!!