terça-feira, 25 de março de 2008

- Detroit in '68

Ela tem medo de roda - gigante.
Não é nada... nada mesmo perto dos medos que a rodeia. Todos os dias ela pensa num futuro bom, e nas mil palavras bonitas, sonha alto com o amor, e se cala diante das dúvidas que assola suas convicções.
Disse que foi um sonho, e repetiu consigo mesmo que foi - que é.
Por que há dúvida? Não pode ser tão claro quanto já é. Ela é feliz, e isso a assusta mais do que um maranhado (palavra que ela adora usar) de baratas todas juntas se mexendo pra lá e pra cá.
Olhando-a de longe, parece ser confiante e convicta, mas, esconde algo minuciosamente em seus cabelos sempre amarrados. O medo.
Ela diz que vive sem isso, sem aquilo, e ultimamente se vê dependente de tanta coisa que, por algum motivo, não acreditava. O que pode ser pior pra ela do que depender? O que poderia colocá-la mais abaixo de seu orgulho, do que admitir que ama tanto algo, que não consegue se ver sem?
Oh! Não, não. Ela não é viciada em drogas, a não ser as passivas. Ela não é uma compulsiva, nem uma alcoólatra, muito menos uma hippie que acredita que a maconha pode libertar a mente humana...não isso não. Pra ela, é pior.
Seu vício mata muito mais lentamente do que doses de solidão, e dá um prazer muito melhor do que chocolate meio - amargo. E quem disse que ela quer se ver livre disso, não, não. Ela adora essa sensação de querer não ser independente, porque ela sabe, que isso é discurso alternativo demais para o...
Tudo que ela quer é se afogar nesse maranhado (palavra que adora usar) de sentimentos doces e amargos, felizes e tristes, fortes e suaves - Esse paradoxo ambulante que é sua vida. Quer alcançar a liberdade, e a liberdade é pouco demais pro tamanho das suas ambições; quer amor, ela quer amar mais do que qualquer um...
Ela está viciada em querer, e o querer se resume em quatro letras que ofuscam o alfabeto inteiro, que destroem as palavras que as acompanham e fazem do sonho universal um só - Sim. O que deseja é mais do que dias perfeitos; ela quer dias ruins, ela quer dias de chuva, dias de frio, ela quer tudo ou nada.
Veja só... agora ela está nos braços da felicidade...e a felicidade a abraça com amor na Rua Detroit, nº '68...

Um comentário:

Unknown disse...

Eita droguinha boa !

hauahuahauha

Eu te amo, e você não tem noção de como meus sentimentos, medos e senssações, são parecidas com as dessa menina boba, com medo de roda gigante.


ass: Mô!