segunda-feira, 11 de maio de 2020

as vespas roubaram minha aurora

Já tinham nós avisado para reparar no mundo pequeno dos insetos. Agora, as vespas gigantes querem a justiça.
Como a angustia que chega por não sabermos se nossos esforços vão dar conta desse novo apocalipse que se apresenta. Embora estejamos ensaiando dias melhores, as vespas nos lembram que não podemos fazer surgir o outro dia assim. Um dia é um vislumbre de uma nova aurora, o outro é de vislumbre de um fim possível.
As vespas gigantes nos rondam, e podem arrancar nossas cabeças. Estamos atentos para ver em que momento do dia podemos abrir o novo ou velho.
Tristes. Estamos tristes. Nos arrepiamos pela sombra do presente. Estamos tristes e cansados. E fugimos das vespas, e fugimos do vírus e fugimos de nós.
Será que as vespas e os vírus acreditam em deus?

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