quarta-feira, 13 de maio de 2020

estado de utopia


Amanhecemos, todos os dias desde o novo, num desassossego atontado de alegria
Nunca haverá um depois novinho em folha, essa é a verdade
No entanto, as mariposas não são mais suicidas
Passamos a acreditar no adoecimento dos gansos selvagens
Hoje, depois de esperar os pequenos movimentos noturnos
Podemos enxergar o crescimento das plantas, no flagrante.
Com esses novos olhos que o novo mundo moldou
Nunca mais um menino morreu de fome ou de falta de sonho
Salvam-se os gansos, os meninos e as mariposas
Se não fosse assim, nos arrependeríamos de haver uma aurora
Os poetas e toda gente continuam seus trabalhamentos
E não é mais proibido pisar a grama, e nem criar expectativas.

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