terça-feira, 1 de abril de 2008

- Hóspede (in)esperado.

Enquanto procuramos respostas objetivas, fazemos as perguntas de forma subliminar.
Buscamos amor, e encontramos a oportunidade de demonstrá-lo, por algum motivo isso não nos basta. Amar é verbo, mas ninguém o pratica. Sinta-se amado querido.
Hoje é o dia de perscrutar os significados da palavra chave da alegria. Amar seria relacionamento afetivo? Ou talvez sentimento de proteção materna... não importa, ele está por aí.
Onde fica toda essa demagogia, onde se escondem as ambições de paz quando por elas percorrem desesperados corações em fúria?
As ruas ficam vazias depois das três, e é nessa hora que a paz se estabelece nas vielas.
Ah, o amor. O amor não se esconde debaixo de lençóis num Motel barato, ele não se isola num quarto entre duas pessoas apaixonadas. Ele se instala no coração dos amigos do peito, e até se comove com tanto amor que se faz presente no coração d'uma mãe.
Embora viva em todos os que vivem, o amor se esconde as vezes, se abstem de mostrar-se amigo; porque ele só aparece se você, dono do ambrigo, quiser.
Ele não invade, ela não adentra, não se humilha. É orgulhoso, e procura um lugar seguro, onde seja usado corretamente. Ele não odeia exageros, mas, a discrição lhe faz bem; suporta o ciúme, porque motiva a aumentar-lhe a casa concedida. Não paga aluguel, é folgado um bocado, e exige que lhe dêem comida, sombra e água fresca. Reclama quando há confusão, bate no andar de cima quando há barulho, e se opõe a imprevistos - Mas é tão inconstante...
Surge em qualquer momento, inconveniênte que só.
Estabelece laços entre qualquer um, de qualquer raça, religião, partido e até mesmo time de futebol. Seja homem, seja mulher, seja os dois - Ele resolve fazer do jeito que quer. Daí, surgem as diferenças, mas não tem problema, ele supera.
Amigo, eu já nem sei mais o que ele quer de mim. Presente 25 horas por dia, se mete no meio das minhas amizades, dá um jeitnho bem malandro de se envolver entre eu e um suspiro.
Acabo por então, permitir sua entrada, e até me acustumo com a sua insensatez. Caro amigo Amor, peço-lhe apenas que, já que veio, permaneça; e faça bem feito o serviço que lhe foi concedido, mantenha sempre acesa a chama que me une àqueles que me fazem bem.
E não esqueça de cumprir seu serviço lá fora, mantenha também acesas as outras chamas que queimam mesmo nos Motéis baratos, nas vielas, nas rodas de samba, no showzinhos de róque, nos barzinhos escuros, nas conversas maternas, no leite oferecido aos recém - nascidos, nos encontros casuais de velhos amigos, nos encontros não casuais dos novos amigos, nas Igrejas onde rezam por um mundo mais justo e principalmente nos corações de quem, ainda deve te abrigar.

2 comentários:

Iuri Gabriel disse...

'Enquanto procuramos respostas objetivas, fazemos as perguntas de forma subliminar.
Buscamos amor, e encontramos a oportunidade de demonstrá-lo,'

*.*

Iuri Gabriel disse...

Olha, entro em muitos horários,

mas depois das 8 quase sempre estou !

beijos moça (: